.Com o fim da Guerra Fria, o ambiente de segurança internacional mudou e aumentou a importância do problema da proliferação, quando o mundo testemunhou o potencial destrutivo do terrorismo em 11 de Setembro de 2001, os Estados Unidos foram alertados da necessidade de se manterem firmes no reconhecimento de novas ameaças à nossa segurança.
Apareceu um novo tipo de Guerra, deixou de ser um Estado Contra outro Estado, e surgiram novos actores.
Estas novas guerras periféricas guerras já não se travam entre entidades políticas como antigamente (guerras tradicionais os estados disputavam entre eles os seus territórios, eram guerras longas, e existia uma importância central nas suas fronteiras, como por exemplo as Guerras Napoleónicas e 2º Guerra Mundial), os novos protagonistas são actores, para-estatais, sub-estatais ou marginais, frequentemente actores de natureza diferente na mesma guerra.
O novo modo dos países do centro fazerem a guerra resulta da crise do modelo de guerra desenvolvido até meados do séc. XX do trauma da guerra do Vietname.
E como as guerras do centro já não resultam aparecem ao que chamamos guerras da periferia.
Segundo a autora Mary Kaldor , nestas novas guerras existe uma privatização de violência e os grandes actores são não os estados mas sim as milícias, os grupos rebeldes, os exércitos privados, ou então até mesmo os senhores da guerra.
A nível estatal esta ameaça começou a ser chamada de Estado Pária, Estado marginal ou Estado fora-da-lei, que na terminologia onde nasceu, se chame rogue state.
Estas novas guerras ou guerras periféricas teem como elemento fundamental a inexistência de controlo por parte dos estados, como no caso do Ruanda, El Salvador Guatemala, Sirilanka, Darfur Colômbia, teem como objectivo primordial controlar a população, aterrorizando a sua população.
Estes grupos terroristas teem certas características como;

Brutalizar os seus próprios povos
Não mostram respeito pelo direito internacional, violar os tratados internacionais de que são partes;
Estão determinados a adquirir armas de destruição em massa, juntamente com outros avançada tecnologia militar, para ser utilizado como ameaças ou ofensivamente para alcançar os desígnios agressivos destes regimes;
Patrocinar o terrorismo no mundo; e rejeitar os valores humanos básicos e de ódio aos Estados Unidos e por tudo o que ela significa.

Em virtude dos acontecimentos do 11 de Setembro os EUA não vão usar a força em todos as ameaças emergentes, mas vão proceder de forma deliberada e agir preventivamente ou seja irão antecipar as suas capacidades, e a informação exacta sobre as ameaças e coordenarem-se com os seus aliados para obter uma avaliação comum das ameaças perigosas, e vão continuar a transformar e melhorar as suas forças militares para conduzir operações rápidas para obter resultados decisivos. Estas reflexões foram reunidas pelo próprio Conselho Nacional de Segurança sob o título geral de National Security Strategy: anunciam explicitamente o abandono das doutrinas anteriores de “dissuasão” ou de “freio” e definem a nova através de expressões tais como “intervenção defensiva”, “acção preventiva” ou “preempção”.
Tudo foi dito e escrito a fim de mostrar claramente que não se tratava de preparar uma acção desse tipo em relação à Rússia. Contra ela, a dissuasão nuclear do tempo da guerra fria continua sendo o único instrumento adequado, mas a título de precaução última e teórica, de tal forma é evidente que ela já não dispõe de um potencial convencional realmente ameaçador e que, além disso, seu interesse nacional é assegurar um entendimento permanente com os Estados Unidos. Em especial contra as chamadas actividades “terroristas” de inspiração islâmica, como mostrou o presidente Putin ao se colocar, imediatamente, ao lado de Washington após os atentados.




Bibliografia

Pureza, José Manuel, (organização)Para uma cultura da paz . Coimbra, Edições Quarteto, 2001 .
TOMÉ, Luís Leitão – “O Estado e a nova ordem internacional – Entre a fragmentação e a globalização”, EDIUAL, Lisboa, 2004.
http://www.whitehouse.gov/nsc/nss5.html página consultada no dia 11 de Dezembro de 2008.
http://www.globalsecurity.org/military/library/news/2002/06/mil-020601-usia01b.htm. página consultada no dia 11 de Dezembro de 2008.
http://diplo.uol.com.br/2002-09,a439. página consultada no dia 11 de Dezembro de 2008
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/seculo/2003/11/03/000.htm. página consultada no dia 11 de Dezembro de 2008.
http://resistir.info/mexico/lajornada_23nov04.html. página consultada no dia 11 de Dezembro de 2008.

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Rita Rigueira Sá Marta

Sou a Rita, finalista de Relações Internacionais.
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